segunda-feira, 26 de maio de 2008

ADEUS ALICE - "CONSIDERAÇÕES SOBRE A MORTE"




Morte ainda é um assunto difícil de lidar. Principalmente quando você tira dela lições para a vida. E não importa se é a morte de uma pessoa ou um animal de estimação. Morte é morte. A certeza da vida. A morte traz consigo a dor. A dor da separação.
Há poucos dias morreu a Alice. Alice é uma linda cadela que pertencera a minha enteada. Ela morava na casa da minha cunhada que cuidava dela com muito amor.
Amanhecemos com tantos planos para o dia... Recebemos a notícia que Alice teria passado mal à noite e que estaria mal no veterinário. Doença comum em cães de sua raça, com seu tamanho e com sua idade – 9 anos. Claro que não fizemos o que havíamos planejado, fomos para onde ela estava, já bem debilitada, semi-consciente.
Quando conheci minha esposa, Dak, a Alice foi uma das primeiras pessoinhas de quem ela me falou. Fomos apresentados quando fomos fazer uma visita à minha cunhada. Enorme! Quase um bezerro! E curioso, ela estava cuidando de um cachorrinho de borracha minúsculo que ela achava ser o seu filhote. Ela adorava sentar no colo das pessoas esperando um afago. Muito carismática.
Aprendi em minha profissão de Metafísico o conceito de sincronicidade. Sincronicidade é o conceito de que nada ocorre independente do todo. Tudo está relacionado com tudo. Causa e efeito de coisas que às vezes não conseguimos ver.
Ficamos pensando qual seria a conexão de tudo isso com nossas vidas. Os clientes da Dak desmarcaram consulta liberando-a naquele trecho do dia em que estivemos na doutora e presenciamos o desenlace da Alice.
A Alice só faleceu depois que minha cunhada chegou. Entendemos que ela estava esperando sua chegada. E que tudo tinha a ver com o processo dela de transição de uma realidade espiritual para outra. Escolhas que ela está fazendo de forma bem tenaz. Para mim, Alice era a representante da antiga forma de ser de minha cunhada. Agora que Ela escolheu estar em outro paradigma, a Alice sinalizava essa transição. Os animais mostram nossos processos. Sejam eles peixinhos de aquário, gatos ou outro tipo de animal.
Alice estava mostrando o fim e o recomeço dos processos. A morte não o fim. É um fim; e um recomeço. Para a Alice e para nós. Minha esposa e eu estamos recomeçando nossa vida, ressignificando nossa caminhada a dois. Minha cunhada, sua caminhada espiritual.
E a dor? A dor é uma ilusão. Se estamos na ilusão, sentimos dor. Não é esperado que você não sinta a dor da falta de alguém querido. É normal e desejável sentir a dor, pois ela engendra processos novos. Mas, se tivermos os olhos na unicidade, no fato de tudo ser unido, ligado, não veremos a separação. Isto quer dizer que Alice agora sou eu. Alice agora é você. Ela se desmanchou no todo, tal qual a gota da chuva no oceano. Agora, não poderá mais ser distinguida, pois é tudo o que há. Se desmanchou em mim, em você, no próprio Deus.
Terapeuticamente falando, a morte nos ensina que passar pela dor é crescer. É ver quão separados estamos e que na realidade essa separação não existe. É como aquela sensação que temos de ter um relógio no braço mesmo depois de tê-lo tirado. Demora um pouquinho para nos acostumarmos com a idéia.
Com a morte, o terapeuta pode apontar para novos começos, novos paradigmas, novas aprendizagens. Requer coragem, requer o conhecimento de que tenho falado até aqui: Somos uma unicidade com o todo. E nada pode nos causar dano, nos machucar verdadeiramente. Esse conceito pode ser experienciado por quem faz terapia. A terapia da consciência.
Em tempo: Quando chegou a hora da Alice, estávamos fazendo reiki nela. Proferi o mantra do símbolo HZN que abre um portal no tempo e no espaço. Dissemos para ela que ela poderia passar pelo portal e ir para o lugar de descanso. O que aconteceu nos 30 segundos seguintes foi algo de muito precioso: O desenlace da Alice. Ela passou pelo portal. Nós aprendemos que a morte é uma passagem pelo portal.
Amamos você Alice.
Em tempo: Quando chegou a hora da Alice, eu e a Dak estávamos fazendo reiki nela. Proferi o mantra do símbolo que abre um portal no tempo e no espaço. Disse para Alice que ela poderia passar pelo portal e ir para o lugar de descanso. O que aconteceu nos 30 segundos seguintes foi algo de muito precioso: O desenlace da Alice. “Ela passou pelo portal".

segunda-feira, 19 de maio de 2008

TRIBUTO AOS MEUS MESTRES


Com o serviço delas eu me tornei o terapeuta que sou hoje:

YOGI BHAJAN que primeiro me deu um nome (Jagat Singh) mostrando-me minha verdadeira essência, GRAÇA AZEVEDO, que me ajudou no despertar do terapeuta, CÂNDIDA NOBREGA, que deu minha primeira formação no Samkhya ,bem como o Professor LEVI LEONEL, que me iniciou nesta prática terapêutica, IRENE PONCIANO, minha primeira mestra de Reiki, OSHO, meu amado guru que me mostrou a possibilidade da não-divisão, JOÃO FIALHO, que me sintonizou nos demais níveis de Reiki, FAUSTO BRIGNOL, meu professor nos primeiros passos na Numerologia, YUBERTSON MIRANDA, que me mostrou a psicologia dos números, IAPURÃ GUIDA, que me ministrou várias formações, JUSSARA SALANTE, minha Terapeuta de Florais, CLAUDIA GIOVANI, que me apresentou e treinou no maravilhoso mundo da Lei da Atração, ANAND VIDYA, minha amada psicóloga e principalmente meu tributo a Dra. Amarilis Castro – DAK, que me ensinou a ser homem de verdade e me dá o prazer de trilhar sua caminhada junto a mim.

A todos vocês, meu tributo, meu “pooja” com “Bhava”.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

PARA ONDE FOI O MUNDO INTERIOR?



Vamos viajar um pouquinho no tempo. Quero levar você para um tempo em que os meios de comunicação e de transporte não eram sofisticados como hoje. Nesta época viajar era para fins específicos, as distâncias percorridas eram substancialmente menores que as distâncias que um homem moderno percorre. Viajar por lazer não era um tema válido.

Quando as narrativas chegavam – e eu estou falando de um tempo antes mesmo da escrita - descrevendo lugares, situações e circunstâncias, o que acontecia era o homem comum fechar os olhos e fazer uma viagem interior. Em sua imaginação via os lugares e cenas, sentia os cheiros de uma forma tão vívida que ele não duvidava da veracidade, da realidade do que estava bem dentro do seu mundo interior. Para os seres humanos ancestrais, o mundo interior não era em nada diferente do mundo exterior. As viagens eram para dentro. Bem ao contrário do que acontece hoje.

O ser humano moderno hoje em dia é compelido para fora de si mesmo. Ele tem que pegar um meio de transporte e viajar para um lugar a fim de capturar com os sentidos algo que já não é mais possível apreender dentro de si.

Os meios de comunicação por um lado estimulam o homem moderno a ir para fora de sim mesmo, projetando suas imaginações para dentro de uma caixa que está bem defronte dele. Mas por outro lado não torna o homem mais imaginativo, mais reflexivo, mais “para dentro”. Perdemos essa característica de imaginar com vívida realidade o que queremos. Temos dificuldade de internalizar conceitos, de colocar no coração (decorar significa falar a partir do coração) fatos ou idéias e muito menos conseguir parir uma idéia significativa. É por isso que a filosofia não gera mais um Platão, um Aristóteles, um Kant. É por isso que a ciência hoje se debate em temas fúteis que nada mais são que guerra dos egos de seus cientistas e demora tanto para nos dar as curas que precisamos as facilidades e soluções que um planeta superpopuloso urge em ter.

Onde está esse ser humano primitivo? Resposta: Esse humano se perdeu no tempo. Não há mais humanos adultos que sejam e que ajam da mesma forma que um humano daquela era. O mais próximo que chegamos é pela observação de nossas crianças, de suas brincadeiras e do seu modo de ser. Mas um adulto seria hoje tachado de infantil se fizesse sua imaginação ser tão real quanto sua vida de olhos abertos.

Por que precisaríamos então de um mundo assim? Já não seria ele obsoleto? Não seria contrário ao nosso mundo tão prático, tão real, tão sensorial? Não seria uma utopia? Talvez sim, o paradigma pode ter mudado. Mas a necessidade do homem de ter contato com esse mundo parece que não mudou. As drogas legais e ilegais estão aí para provar isso. Homens e mulheres buscando um estado alterado de consciência que lhes dê acesso a um mundo onde essa pessoa é senhora de suas criações. Muitos buscam os xamãs, outros os bruxos e ainda alguém que lhes mostre o sobrenatural, mas a busca real no fundo de tudo isso é a reintegração com aquele espaço de criação que todos nós temos e já experimentamos, ainda que imperfeitamente algumas vezes. O espaço onde entramos em nosso subconsciente e criamos um presente cheio de significado.

Há como ensinar seres humanos serem humanos. Ser humano é ser lógico e igualmente criativo, é ser objetivo e subjetivo ao mesmo tempo. É observar de olhos abertos e fechar os olhos e observar. O ser humano foi feito para ser UNO composto de partes unidas que o tornam uma coisa só, não dividido, não cisado, não partido. E como ensinar então ao ser humano pós-moderno a ser observador de seu mundo interior?

Hoje a Terapia Holística pode ajudar. Várias abordagens no campo terapêutico podem ser boas para a reintegração das partes do ser humano. Essa reintegração o torna primal, o torna essência, mais animal, mais impositivo, imperativo, assertivo – qualidades que não são mais bem vindas num mundo de salamalequices. O resultado disso é a espontaneidade, é o contato com a essência é a sexualidade sem pedir licença ao parceiro, é o falar claramente as coisas sem subterfúgios, sem meias palavras.

Práticas terapêuticas tais como o Aconselhamento Metafísico, a Visualização Criativa, a Terapia do Resgate da Criança Interior, a Terapia de Vivências Passadas podem ajudar nesse contato com nossa essência.

A partir de hoje vou falar sobre cada uma dessas práticas.