segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Relacionamento a Dois


RELACIONAMENTO A DOIS

As idéias que seguem são o que aprendi ao longo de minha carreira como Terapeuta Holístico, quer de outros profissionais, quer em meu consultório. Muitas das idéias que exponho nasceram das minhas interações com meus clientes.

Quando me perguntam que linha terapêutica eu sigo, respondo que a terapia de Consciência é uma colcha de retalhos. Essa Colcha que eu emprego em minha prática tem muito de Luis Gasparetto, Louise hay e Osho.

O que segue são minhas anotações das palestras que ministro, portanto são bem resumidas.

Num relacionamento a dois temos que fazer uma distinção entre alguns termos:

Tesão: É biológico. Tem a ver com nossa saúde, nossos hormônios e nossas liberdades.

Paixão: É um estado patológico. Por causa dela fazemos loucuras. Tiramos-nos do centro e colocamos o outro no centro.

Amor: É um sentimento de querer bem, de fazer o bem e de doação. Amor é significativo e constrói.

Teimosia: É quando o tesão, a paixão e/ou o amor acabaram e por motivos vários continuamos na relação.

Um relacionamento a dois é baseado num tripé: Sexualidade, Amor e Dinheiro.

A sexualidade é o sangue do relacionamento. A sexualidade é a energia que transforma o interesse de um no outro em motivação para melhorar na vida. É através dela que os homens querem romper os limites para dar o melhor para suas famílias. É através dela que as mulheres se curam dos danos sofridos.

Para o homem a sexualidade é o próprio amor, é a forma como ele diz ‘Eu te amo’ e sabe que é amado.

Para a mulher é termômetro de que as coisas estão bem. É a forma que ela se cura dos danos causados pelo masculino que está gravado em seu inconsciente histórico e social.

O Amor é visto e sentido diferentemente pelo homem e pela mulher. O homem vincula amor à sexualidade. ‘vamos fazer amor?’. A mulher entende o amor como uma atitude do parceiro. Tem que ser demonstrado e falado. É um valor e é uma construção. O Amor é construído com o passar do tempo. Mas ele inicia numa decisão. Ele pode ter começo, meio e fim.

O amor antes de mais nada é próprio. Não posso amar mais o outro do que a mim próprio.

O amor pode acabar quando eu tiver destruindo o meu amor próprio. Ou seja, quando eu tiver vivendo a vida do meu parceiro e não a minha.

O amor liberta, dá liberdade para o outro ser ele mesmo. O amor não cerceia, não inibe. O amor é um sentimento de querer ficar junto apesar das falhas do outro. É quando só se coloca o foco no positivo do outro e não no negativo.

O dinheiro é o adubo da relação. O dinheiro é uma energia igual a qualquer outra energia que temos ou que produzimos. Não existe ‘uma casa e uma cabana’. O dinheiro é a prova material das conquistas do casal. Saber produzir dinheiro é sinal de saúde do relacionamento. Quer o dinheiro venha de uma fonte ou de ambos os lados precisa ser tratado como escravo e não como senhor. A falta do dinheiro é destrutiva porque começa destruindo a autoconfiança. Essa é uma área em que a admiração mútua é importante, pois é a admiração que amarra o tripé e no tocante ao dinheiro (que é uma energia), a forma como se ganha ou se administra é um terreno fértil para o desenvolvimento da admiração.

Reconhecer esses elementos constitutivos do relacionamento a dois é importante para se chegar à compreensão dos comportamentos humanos e conseqüentemente chegarmos à Consciência, que é o que nos liberta de padrões viciados.

Essas são as considerações iniciais sobre os relacionamentos. Pretendo aprofundá-las em breve.

2 comentários:

Nickolas disse...

Que legal, parece aquela conversa que tivemos no bar outro dia. Bom texto.

Ivana Lucena disse...

Gostei! Certa vez ouvi uma frase mais ou menos assim: "Nós amamos a quem admiramos", logicamente referindo-se ao amor entre o casal. Conclui que isso é uma afirmação tão obvia e que geralmente não nos damos conta. Quando a pessoa a quem amamos não consegue mais despertar nenhuma admiração em nós, perde-se o encanto e morre o amor. Nesse caso, não me refiro a uma cobrança para causar admiração, mas às atitudes espontâneas que torna aquela pessoa tão especial. Em particular, o que você fala sobre o dinheiro, troxe um novo olhar para mim. Quase sempre eu julguei o dinheiro como o motivo de muitos males, compreendi realmente o valor que ele representa e concordo. O poder de construir ou de destruir não é do dinheiro,entendo, mas de quem o manipula, de quem faz dele "o seu senhor", como você colocou.